Inspirado na famosa sentença lacaniana, proferida em aula do dia 12 de maio de 1971, de que não há esperança para um ocidentado, este livro reflete sobre a busca do mundo indígena em suas passagens. Para além do acolhimento ao outro, subjaz aqui uma proposta de troca, de mútua transformação. Nas experiências relatadas, a autora desenvolve um pensamento sobre o ensino e a escrita, que, antes de constituir um método, demonstra uma poética. O fazer literário – a prática da letra – se abre como possibilidade de diálogo intercultural. Uma vez entendida como espaço de não saber, a literatura (e sua prática) leva necessariamente ao esforço tradutório.
Literatura brasileira: literatura indígena: literaturas – literaterras.
Assim o perambulatório caminho do ensino das letras, no livro.